sábado, 17 de outubro de 2015

Dicas: SOS! Tempos Verbais

Bom dia, meus queridos pupilos! Cá estou, Drama Queen, com mais algumas dicas que pretendem auxiliar os novos — ou nem tão novos assim — escritores a aprimorar a qualidade de suas histórias. O assunto de hoje é bem simples: tempos verbais. Resumidamente, temos três grupos de tempos verbais: pretérito (aka. Passado), presente, e futuro.
            Muita gente a-m-a atirar pedras quando lhes digo que narração se escreve no passado, não no presente, é por isso que as dicas de hoje pretende mostrar porque o pretérito é o melhor tempo verbal para se trabalhar.
         
Presente
            O presente não se divide em outras categorias. É presente, e só. Fim da história. Eu conjugo, Tu conjugas, Ele conjuga. Nós conjugamos, Vós conjugais, Eles conjugam. Não dá margem para trabalhar com acontecimentos que ocorrem em momentos diferentes, apenas simultaneamente à fala, e é por tal razão que deve ser de uso exclusivo dos diálogos.

Futuro
            Futuro do Presente:
            O futuro do presente deve ser utilizado quando a ação a ser realizada futuramente é possível. Por exemplo: Eu irei à festa. Normalmente, utiliza-se o futuro do presente quando a narração também faz uso desse tempo, ou seja, nos diálogos.
            Futuro do Pretérito:
            O futuro do pretérito deve ser utilizado quando a ação a ser realizada futuramente não é possível. Por exemplo: Eu iria à festa. Quando a narração está no pretérito, esse futuro pode ser utilizado sem nenhum problema para substituir o futuro do presente. Exemplo: Eu o amava e nunca o deixaria. Note que “amava” está no pretérito imperfeito, e que “deixaria”, mesmo no futuro do pretérito, não dá a intenção de evento impossível.

Pretérito (aka. Passado, o tempo verbal mais lindo desse mundo).
            Pretérito Perfeito:
            Eu conjuguei, Tu conjugaste, Ele conjugou. O pretérito perfeito relaciona-se a uma ação que começou no passado, e no passado terminou. É o mais simples dos pretéritos. Exemplo: Ele me olhou com os olhos repletos de desejo e sorriu.
            Pretérito Imperfeito
            Eu conjugava, Tu conjugavas, Ele conjugava. Note que a primeira e a terceira pessoas do singular normalmente têm a mesma conjugação para o pretérito imperfeito do indicativo (digo “normalmente”, pois não tenho certeza se há alguma exceção, ainda que desconheça a existência). Refere-se a uma ação ocorrida no passado, mas que se mantém no presente. Exemplo: Não me importava o sobrenome que Romeu carregava. Nesse exemplo, Julieta não se importa com o sobrenome que Romeu carrega. É uma maneira de se usar o presente por meio do pretérito.
            Pretérito Mais-Que-Perfeito
            Eu conjugara, Tu conjugaras, Ele conjugara. Como o próprio nome diz, esse tempo verbal é mais que perfeito. Deveria estar entre as sete maravilhas das fanfictions, juntamente com a mesóclise. O detalhe é: ninguém usa. O pretérito mais-que-perfeito deve ser utilizado para se referir a uma ação acontecida no passado e terminada no passado, antes de outra ação também no passado. É daí que vem o nome: mais antigo que o pretérito perfeito. Exemplos: Eu amei meus filhos mais do que amara meu marido. A lua esteve mais brilhante do que jamais estivera. Não necessariamente devem ser o mesmo verbo, mas não consigo pensar em muitos exemplos nesse momento.


Espero que as dicas tenham ajudado! Não se esqueçam de comentar.
— Por Drama Queen 
Em 12/01/2015 (KF)

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